sábado, 3 de janeiro de 2015

C.I.A. Olé!

" Ah e tal, eu sou contra a tourada porque acho ridículo fazer-se da tortura do touro um espetáculo. "

Ok, é válido, como outra coisa qualquer. E digo isto porque muita gente é muito contra a Tourada por esta razão, a razão do animal, da tortura do touro. Mas é giro que nunca ouvi nestes debates, da parte destes grandes defensores dos animais, falarem da razão do animal, da tortura do cavalo. Sim, do cavalo. Animal nobre, que é retirado da sua liberdade, para ser torturado até adoptar o comportamento que os cavaleiros, esses grandes amantes dos equidios, querem que eles tenham. E para este processo de "ensino" vale tudo, desde espinhos a espetar nas costelas, agulhas nas bochechas para as rédeas, e as belas e antigas, mas que nunca ficam velhas, chicotadas. Ora, muitos diriam, para defender esta prática, que o cavalo é muito bem tratado, e que, tal como os touros, se não fosse pela tauromaquia, estariam muito provavelmente à beira da extinção. E por bem tratados eles querem dizer que são escovados, duchados, têm um cuidado de saúde bem melhor do que a maioria das pessoas, recebem as melhores rações, e são livres umas horas, até voltarem para celas e serem "obrigados" a reproduzirem-se, muitas vezes com consaguinidade. E os cavalos gostam, dizem eles que nunca ouviram falar no Síndroma de Estocolmo.

Mas pronto, os americanos é que para variar é que fazem figura de burros. Neste escândalo das torturas, peço perdão, técnicas alternativas de interrogação, a C.I.A. devia ter pensado um bocadinho melhor nas coisas. Se tivessem dado banho e escovado todos os dias, dado um bom cuidado de saúde(até para eles não morrerem antes de serem úteis), os deixassem ir duas horas à varanda, dado um bom arroz de pato à Dona Teresa, e os obrigassem a reproduzir com as irmãs; tudo seria perdoado! Estaria tudo na boa...


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